terça-feira, 5 de outubro de 2010
A História de Lily Braun
Como num romance o homem dos meus sonhos me apareceu no dancing, era mais um
Só que num relance os seus olhos me chuparam feito um zoom
Ele me comia com aqueles olhos de comer fotografia, eu disse cheese
E de close em close fui perdendo a pose e até sorri, feliz
E voltou, me ofereceu um drinque, me chamou de anjo azul
Minha visão foi desde então ficando flou
Como no cinema me mandava às vezes uma rosa e um poema, foco de luz
Eu, feito uma gema me desmilingüindo toda ao som do blues
Abusou do scotch, disse que meu corpo era só dele aquela noite, eu disse please
Xale no decote, disparei com as faces rubras e febris
E voltou no derradeiro show com dez poemas e um buquê
Eu disse adeus, já vou com os meus numa turnê
Como amar esposa, disse ele que agora só me amava como esposa, não como star
Me amassou as rosas, me queimou as fotos, me beijou no altar
Nunca mais romance, nunca mais cinema, nunca mais drinque no dancing
Nunca mais cheese, nunca uma espelunca, uma rosa nunca, nunca mais feliz
Nunca mais romance, nunca mais cinema, nunca mais drinque no dancing
Nunca mais cheese, nunca uma espelunca, uma rosa nunca, nunca mais feliz
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