No consultório, "bom, qual o problema?" disse o médico segurando de leve a mão do garoto. Sem hesitar ele começou a falar quase sem pausas "eu sei de tudo! eu não consigo mais viver feliz, eu sei de todas as conspirações, sei que todos os bons médicos conspiram contra a população, tentando deixa-los doentes e forçando a se matarem a fim de privatizar a saúde entre eles e sua família, sei dos donos do petróleo que monopolizam a Ásia e junto com os militares promovem as guerras a fim de diminuir a população mundial só para que eles estejam sempre no topo, também sei dos religiosos que capturam os fracos da mente a fim de faze-los não revidar, achando que existe algum propósito em estar por baixo sempre e também sei dos professores que são pagos para nos deixar burros e não conseguirmos enxergar a verdade! Então doutor, não adianta me passar remédio ou dizer que sou louco, por que eu sei que o 'senhô' vai dizer isso, é o que os médicos fazem em suas conspirações 'dão um jeito' nos que sabem... " puxou a mão violentamente e se levantou devagar.
Continuou "só não chame os guardas. Pois a conspiração da polícia é bem maior que a dos médicos e eles tem tortura... não seria bom ser torturado, até mesmo porque eu sei de tudo, então eu poderia entregar os pontos, e todos vocês iriam pro xadrez." então parou de falar espantado, com os olhos fixos no psicólogo a sua frente.
O doutor deu um sorriso de leve no canto da boca, "garoto, por hoje é só, chame sua mãe. diga-lhe que só é necessário vir na quinta feira." levantou, abriu uma gaveta e o menino falou num tom mais alto "o senhor vai dizer a ela que eu sofro de algum transtorno ou de paranóia, mas no fundo sabe que eu estou certo, e quando eu descobrir como, eu vou aniquilar todas essas sociedades secretas, e isso é uma promessa, então doutor, eu sugiro que o senhor não me entregue ou será o primeiro... por favor doutor, dê uma chance a resistência... eu sei que no fundo o senhor quer uma sociedade livre... por favor..."
sem escutar as súplicas do garoto retirou uma seringa da gaveta, avançou em direção ao garoto e lhe deu uma injeção. O garoto tentou gritar, era tarde. Agora pertencia ao grupo de paranóicos fracassados. E ainda hoje as sociedades secretas se mantém no topo. e os paranóicos ainda são loucos, poucos, frouxos, loucos. Por isso corra, esconda-se fuja, e em ultimo caso, terá de pedir auxilio ao tamanduá.
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