segunda-feira, 17 de outubro de 2011

quando eu era pequeno.


Quando era pequeno eu não brincava de bola com os meninos na rua. Odiava futebol, volei, handebol, baleada, ou seja tudo que tivesse uma bola no meio, e não interessava o tamanho também odiava o famoso ping pong, ou tenis de mesa. Era na água que eu me acabava. Adorava nadar, embora também não gostasse muito das águas salgadas do mar. Do mar, só me atraía mesmo era a praia, a areia, andar de um lado pro outro, molhar levemente os pés e claro, observar o povo que ia e vinha com roupas minúsculas, que com o passar do tempo foram ficando cada vez mais minúsculas. Não sei se essa minha atração pela água tem a ver com o fato de que geralmente na água é o mais perto que ficamos dos limites da nudez socialmente permitida. Eu adoro ficar nu. Se pudesse vivia nu. E fico as vezes nas minhas loucuras imaginado como seria todo mundo viver nu. Dentro do ônibus nus. Sentados na sala conversando animadamente, nus. Andando pelo meio da rua, fazendo compras, sentados numa praça, nus. Imagino algumas pessoas nuas e já penso em desistir da idéia, respiro fundo e continuo: a nudez acima de qualquer coisa... Quando nos despimos tiramos não só a roupa, mas a vergonha, o pecado original que nos foi empurrado goela abaixo pelo Cristianismo e sua eterna doença contra o sexo e qualquer coisa que tiver essa conotação. Se deus fez mesmo um fruto proibido, quero come-lo. Pra mim, se fez não devia ter feito. Não precisava testar nossa obediencia, poderia ter-nos feitos já obedientes. Quietos, calmos, pacíficos, distantes do sexo. Poderia ter nos feito sem roupa.... Ops! Mas foi exatamente assim que ele nos fez? Pra que? Apenas pra que nos vestíssemos? Tiro a roupa, fico nu! E você?

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