sábado, 3 de março de 2012


Maconha é um problema de segurança pública? É por conta da proibição, que colocou na mão da polícia uma questão que deveria ser resolvida apenas na esfera da saúde. E o que um policial entende de maconha? Que ele deve pegar o maconheiro, jogar dentro do camburão e levar para a delegacia. Assim, ele está cumprindo o seu papel de servir e proteger a sociedade. Será?

Tudo começou quando o leitor que contou essa história estava com sua namorada em um pico afastado da cidade em busca de paz e isolamento para queimar a erva proibida. O prensadinho era de alto nível e logo deixou os dois bem chapados. O que sobrou dava para bolar mais um fino, mas ele optou por guardar o flagrante dentro do dichavador para torrar mais tarde.

Na saída da estrada de terra que dava acesso ao local ele bateu de frente com cinco viaturas que pouco ou nenhum serviço prestava ao cidadão naquele momento. Parecia uma operação com o único objetivo de pegar os maconheiros que voltavam daquele famoso pico da marofa. E só!

E não deu outra! Ele foi obrigado a parar o carro e foi recebido com a clássica pergunta "tá vindo de onde e vai pra onde?" Ele respondeu que estava voltando do sítio de um amigo e o Tira mandou os dois descerem do carro para "dar um geral" no veículo.

Primeiro ele achou uma caixa de fósforo com a cinza do beck queimado há poucos minutos e logo em seguida encontrou o dichavador com flagrante que deixou a face do Guarda com um sorriso macabro. "Sobrou um pouquinho para eu ferrar com a sua vida", disse.

Nosso amigo já temia o pior quando policial responsável pela abordagem conversou com seu parceiro de farda (provavelmente o superior) e optou por encerrar a repressão ali mesmo, devolvendo o dichavador e o livreto de sedas. É a polícia percebendo que guerra às drogas é um desperdício para a própria polícia.

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