segunda-feira, 18 de julho de 2011

Sinte responde à Rosalba Ciarlini

A governadora afirmou que está estarrecida com os sindicalistas por não terem orientado a categoria a acatar a ordem do Tribunal de Justiça para o retorno imediato ao trabalho. Se ela está estarrecida o que dirão os trabalhadores em educação que assistem a um festival de desobediência às Leis por parte do governo?

A começar pela Lei do Piso Salarial que vem sendo pisoteada pelo governo desde o dia 06 de abril. A governadora deve a todos os professores 20 horas semanais de trabalho. Ao final do mês, são 80 horas de trabalho em sala de aula. E agora quem descumpre a Lei?

Tem mais: a Lei 432/2010, da implementação de sua tabela salarial que será implantada só em dezembro? A Lei diz outra coisa. Diz que seria até setembro. Cadê o pagamento da carga suplementar e dos contratados que não está em dia?

Os trabalhadores em educação não arredam pé de lutar pelos seus direitos, nem de denunciar a situação caótica em que se encontra a escola pública estadual. Estamos falando do direto dos profissionais que se estende aos alunos e alunas.

Os argumentos de Rosalba não se sustentam em nenhum aspecto. No que se refere as condições gerais do ensino no estado, basta fazer alguns questionamentos à luz da realidade para se verificar que a situação da educação estadual beira o colapso: a reforma do Floriano Cavanti atrasou suas aulas em dois meses. Por que tendo o governo mais de 40 dias para o início das em fevereiro e não providenciou professor para assumir as salas de aula?

Por que cessou a convocação dos professores selecionados em 2010 para assumir as salas de aula? Por que vem retardando a realização do concurso público?

Se fossemos elencar as condições de precariedade das escolas certamente teríamos que escrever um livro. Mas, podemos sintetizar dizendo: "Se o Atheneu - o mais antigo Liceu do Brasil - está abandonado imagine o resto... e tem resto?

Será que a governadora já parou para pensar que não vai barrar a insatisfação dos profissionais? Será que o governo está refletindo que neste momento pode-se negociar uma política que vai deixar fora do cenário de 2012 a possibilidade de greve?

O que os trabalhadores em educação exigem é uma política para a educação e de um ensino de qualidade e não do faz de conta que a governadora quer instituir neste momento.

Fonte: Fátima Cardoso / Sinte-RN

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